sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pesquisa acompanha evolução de leucemia com 'regressão' de células

Um estudo da Unversidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, criou um modelo, com placas de laboratório, para observar como células do tecido sanguineo podem desenvolver leucemia. O segredo é a "regressão" das células cancerígenas adultas a um estágio embrionário, com um técnica conhecida como células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês). O estudo foi divulgado na publicação científica "Blood" nesta sexta-feira (4).
Segundo os autores da pesquisa, é a primeira reprogramação de células sanguíneas obtidas a partir de um paciente com leucemia. Com a técnica, os pesquisadores, liderados por Igor Slukvin, conseguiram transformar células doentes em estruturas pluripotentes, que podem gerar qualquer tipo de tecido.
A paciente tinha um tipo de leucemia conhecida como mieloide crônica, responsável pela morte de 1.500 pessoas por ano nos Estados Unidos. Como qualquer tipo de leucemia, a doença tem origem na região da medula óssea responsável pela produção de glóbulos brancos, estruturas responsáveis pela defesa do organismo.
Trata-se de um novo modelo para o estudo de células cancerígenas, de acordo com a equipe de Slukvin. Outra virtude do trabalho é a manipulação de células da medula óssea e do cordão umbilical para obter células-tronco induzidas. Normalmente, o material escolhido para a reprogramação são células adultas da pele.
Slukvin explica que as células induzidas a um estágio embrionário também possuiam as mesmas alterações genéticas das células cancerígenas adultas, o que permitiu aos cientistas a reprodução da doença em placas de laboratório, o que permite o acompanhamento detalhado do avanço da patologia.
O próximo passo é saber identificar novas formas de tratamento como, por exemplo, a eliminação de genes responsáveis por desencadear a multiplicação exagerada de células.
A pesquisa foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), agência federal de pesquisa médica nos Estados Unidos, e pela Fundação Charlotte Geyer.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Caso de meio-irmão proibido de doar rim para francesa causa polêmica


A decisão de um comitê de biomedicina francês que impede um meio-irmão de doar um rim por ele não ser reconhecido juridicamente como tal está provocando polêmica no país.
Jean-Pierre Serrurrier nasceu de uma relação extraconjugal do pai de Martine Courrier, de 59 anos, que sofre de insuficiência renal há dois anos e precisa realizar diálises três vezes por semana.
Serrurrier nunca foi reconhecido pelo genitor biológico. Ele foi legalmente registrado, aos 7 anos, como filho do então marido de sua mãe, de quem recebeu o sobrenome.
Serrurrier, de 52 anos, considerado pelos médicos como 99% geneticamente compatível com Courrier, se ofereceu para lhe doar um rim, mas como eles não possuem parentesco perante os olhos da lei, o comitê de biomedicina se recusa a autorizar o transplante.
Na França, segundo a lei de bioética, um doador vivo pode somente doar órgãos a parentes, como filhos, irmãos, avós ou primos, cujos laços familiares sejam reconhecidos nos documentos de estado civil.
Encontro
'Passei 12 anos tentando localizá-lo e faz 25 anos que o encontrei. Temos uma relação muito próxima, nos vemos regularmente. Ele é meu irmão', disse Courrier à BBC Brasil.
Os dois meio-irmãos apresentaram um dossiê ao comitê de biomedicina
'Nossa relação à muito anterior à minha doença', afirma. O dossiê apresentado ao comitê de biomedicina reunia dezenas de fotos que comprovam a antiga relação entre os meio-irmãos e também um atestado do pai afirmando que Serrurrier é seu filho biológico, além de exames genéticos.
'A vida de minha irmã é tudo o que conta para mim e quero que nossa relação dure o máximo possível', diz Serrurrier para justificar seu desejo de doar um rim para Courrier.
'A decisão do comitê é injusta. Fiquei com raiva', diz ele.
Caso reexaminado
Em razão da polêmica causada pela proibição do transplante, o ministro francês da Saúde, Xavier Bertrand, pediu que o caso seja reexaminado pela agência de biomedicina.
O ministro declarou que 'devido à importância terapêutica e ao consentimento do doador', ele avalia 'ser normal que a doação possa ser realizada'.
A nova decisão sobre o transplante, que será tomada pelo ministro, deve ser anunciada no prazo de um mês.
'Continuo tendo esperanças de que o transplante será aprovado', afirma Courrier.
Sua advogada, Nicoletta Tonti-Bernard, disse à BBC Brasil que pediu ao ministro para 'interpretar de maneira mais ampla o conceito de irmãos'.
Ela solicitou, em um recurso, que o ministro considere que Courrier e Serrurrier são irmãos, não do ponto de vista jurídico, mas biológico, 'o que permitiria autorizar a doação sem mudar a lei'.
Na França, a grande maioria dos órgãos transplantados foram doados por pessoas falecidas.
Dos 2.826 transplantes realizados em 2009, apenas 223 foram realizados graças à doação de órgãos de pessoas vivas, segundo a agência de biomedicina francesa.

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