Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior,
porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana.
Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria
insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e
no universo inteiro.
Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de
maneira humilde e grande.
Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a
vida.
Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a
cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada.
Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e
mais humano.
Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O,
acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa
iluminar por Ele na opção de vida.
Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com
palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança
para a humanidade.
quinta-feira, 8 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
Café, uma nova arma contra o câncer e o diabetes
Diz-se que o café, popular no império otomano, só se difundiu no
mundo ocidental depois de absolvido da acusação de ser coisa do diabo
pelo Papa Clemente VIII, no início do século XVII. Ao prová-lo, o Sumo
Pontífice tratou de dirimir dúvidas: achou que um produto tão saboroso,
de aroma tão marcante, só poderia ser, isso sim, coisa de Deus. Às
muitas lendas em circulação sobre a bebida, soma-se, quatro séculos
depois, uma lista de pesquisas atestando seus efeitos medicinais e, em
alguns casos, sua inocência diante de alegações como as de que poderia
fazer mal ao coração, aumentar o risco de AVC e prejudicar a absorção de
alguns medicamentos.
Segundo a maioria dos estudos mais recentes,
além de conferir disposição — efeito conhecido desde o início de seu
consumo, mil anos atrás —, o café protege contra o diabetes e alguns
tipos de câncer. Há indícios de que também ajude a prevenir doenças
neurológicas, como os males de Alzheimer e Parkinson, e de que proteja,
principalmente as mulheres, contra AVC, doenças cardíacas e depressão. O
mais recente trabalho, publicado na última quarta-feira, na “American
Journal of Clinical Nutrition”, acompanhou 42 mil pessoas ao longo de
nove anos e revelou que, entre os bebedores de café, as chances de
desenvolver diabetes são 23% menores.
Estas informações interessam
a todos os brasileiros que tomam café — ou, seja, 95% da população com
mais de 15 anos, que consomem, per capita, 82 litros da bebida por ano,
de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
—
Beber café é melhor do que não beber — sentencia o cardiologista Luiz
Antonio Machado Cesar, diretor da Unidade Clínica de Coronariopatia
Crônica do Instituto do Coração, de São Paulo, ligado à USP. — Ele não
faz mal e, a partir de duas xícaras por dia, já protege contra o
diabetes.
Além da cafeína, antioxidantes e vitaminas
Costuma-se
pensar nas propriedades do café com base na cafeína. Mas os novos
estudos sugerem que seus méritos estão no conjunto da obra: ele tem
literalmente milhares de substâncias, de antioxidantes a vitaminas, e
apenas umas poucas foram estudadas isoladamente. O teor de cafeína no
cafezinho filtrado é de 2% a 2,5%, enquanto no expresso fica entre 2,5% e
3%. Nas outras bebidas que têm cafeína (chá, chocolate, guaraná em pó,
coca-cola), a quantidade é parecida. Uma pessoa saudável pode consumir
até 300 miligramas de cafeína por dia (o equivalente a três xícaras
médias). Para mulheres grávidas, não deve ultrapassar 200 miligramas.
No
Brasil, desde 2008 está em curso o projeto “Café e Saúde”, no Incor de
São Paulo, sob a coordenação de Machado César. Foi um pedido da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), preocupada com o fato de
haver pouca ou nenhuma pesquisa clínica a respeito dos efeitos do café
no país que é maior produtor do grão (abastece 30% do mercado
internacional) e o segundo em consumo (atrás dos Estados Unidos).
Até
agora, 106 pacientes, entre pessoas saudáveis, portadores de doenças
coronarianas e diabéticos participaram das pesquisas, que não têm data
para terminar. Já foram avaliados o café descafeinado (que tem um teor
ínfimo de cafeína), o árabica-pura, o blend (arábica 80%) e o robusta. O
próximo passo é avaliar o expresso. Quando houver recursos, terá início
um amplo estudo epidemiológico: quatro mil indivíduos da região Sudeste
do país serão acompanhados por dez anos. Os testes têm levado os
especialistas envolvidos a conclusões animadoras.
— Constatamos
que o café de torra escura (o mais consumido no Brasil) não aumenta a
pressão arterial, e que a torra clara aumenta-a muito pouco, mas são
necessários mais alguns testes para confirmar. Isto pode explicar por
que algumas pesquisas dos Estados Unidos, onde a torra clara é mais
consumida, apontam que ele aumenta a pressão, enquanto as da Europa,
onde é mais comum a torra escura, indicam que não — diz o cardiologista.
— Também vimos que café não dá arritmia e aumenta muito pouco o
colesterol, que, mesmo assim, se mantém no nível normal. Se ele não for
filtrado, a elevação é maior. E um teste com esteira mostrou que a
bebida melhora a performance no exercício, como já apontavam vários
estudos.
As pesquisas agora se voltam para a tentativa de provar
seu efeito protetor contra doenças neurológicas. Ele ajudaria a evitar o
acúmulo da proteína beta-amiloide entre os neurônios, uma das causas do
Alzheimer, e reduziria o déficit de dopamina presente no Parkinson.
Para quem gosta, mais um bom motivo para beber.
Fonte: O Globo - Saúde
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