quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ex morador em Culturama dono de farmácia é preso pela PF em Dourados

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em parceria com a PF (Polícia Federal) e o serviço de inteligência do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual, interditou nove farmácias irregulares em Dourados, na Operação Sequela deflagrada ontem. Uma pessoa foi presa por tráfico de drogas e crime contra a saúde pública.

Segundo o delegado da PF cedido para a Anvisa, Adilson Batista Bezerra, as ações devem interditar todas as farmácias irregulares e clandestinas da cidade. “As principais irregularidades encontradas são a falta de autorização da Anvisa para funcionamento, falta de farmacêutico e alvará municipal”, destaca o delegado. Também foram encontrados medicamentos clandestinos vindos do Paraguai em duas das farmácias fechadas, uma localizada na avenida Marcelino Pires, centro da cidade, e outra na rua Edilberto Celestino, no jardim Santo André.

O proprietário de uma das farmácias com medicamentos clandestinos, Edelson Moraes, foi preso acusado de tráfico de drogas e crime contra a saúde pública, enquadrando-se no artigo 273, que fala de “falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais”.

De acordo com o delegado que comanda a ação, o proprietário vendia medicamento controlado sem o conhecimento da Anvisa e trazia medicamentos do Paraguai. Além disso, foram encontrados no estabelecimento remédios expostos para venda com prazo de validade vencido em 2006. A pena para este caso é de 10 a 15 anos de reclusão além de multa.

Os estabelecimentos interditados deverão legalizar a situação até o fim do processo administrativo para voltar ao funcionamento. A multa aplicada pela irregularidade pode variar de R$ 1,5 mil a R$ 1,5 milhão. As distribuidoras que vendiam remédios para as farmácias sem autorização de funcionamento da Anvisa também deverão ser multadas.

A partir de agora a Polícia Federal e a Anvisa devem investigar a procedência dos medicamentos irregulares nas farmácias interditadas.

Fiscais do CRF (Conselho Regional de Farmácias de Mato Grosso do Sul) acompanham a ação da Anvisa. A Operação Sequela deve continuar fiscalizando as farmácias de Dourados e alguns distritos durante todo o dia de hoje. Amanhã a Anvisa promove um evento, em parceria com o CRF/MS, sobre combate de medicamentos irregulares. O evento acontece às 8h30, no salão de eventos da Unigran.

APOIO
A Associação de Farmacêuticos de Dourados apoiou a medida da Anvisa e disse que a ação é um pedido feito há mais de 10 anos. “É a primeira vez que a fiscalização sanitária nacional atua desta forma em Dourados e esperamos que as ações sejam constantes”, diz o presidente da Associação, Racib Panage Harb.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Álcool mata mais que Aids, tuberculose e violência, diz OMS

GENEBRA - O abuso de álcool mata 2,5 milhões de pessoas por ano, mais do que a Aids, a tuberculose ou a violência, informou nesta sexta-feira (dia 11 de fevereiro de 2011) um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), que urgiu os governos a tomar medidas para conter seu avanço. Segundo a OMS, a elevação da renda está fazendo crescer o consumo de álcool em países da Ásia e África, enquanto várias nações desenvolvidas e emergentes, como o Brasil, veem aumentar os casos de bebedeiras excessivas, o chamado "binge drinking".

Apesar disso, alerta a organização, as políticas de controle do consumo continuam a ser consideradas de baixa prioridade pelos governos, mesmo diante do fato de cerca de 4% das mortes no mundo estarem relacionadas ao álcool, seja como fator em acidentes de trânsito ou tendo como consequência o desenvolvimento de câncer, doenças cardiovasculares e cirrose. Isso sem contar os prejuízos econômicos causados pelo absenteísmo e o custo para tratamento dos doentes.

De acordo com o relatório, a cerveja é a bebida preferida no Brasil (54% do total de álcool puro consumido), seguida pelos destilados (40%) e os vinhos (5%), com o 1% restante vindo de outros produtos que têm como base arroz (saquê) e frutas (cidras etc). Em média, o brasileiro com mais de 15 anos bebe 9,2 litros de álcool puro por ano e o consumo da substância está ligado à morte de 7,29% dos homens e 1,41% das mulheres acima desta idade.

No mundo todo, os homens também são as principais vítimas do álcool, que responde por 6,2% das mortes, contra 1,1% entre as mulheres, destaca a OMS. Só na Rússia e países vizinhos um em cada cinco homens morre de causas relacionadas ao álcool. E os jovens são outro grupo sob forte risco, sendo o álcool responsável por uma em cada dez mortes de pessoas entre 15 e 29 anos, num total de 320 mil anuais. "O abuso do álcool é especialmente fatal para os grupos mais jovens e principal fator de risco de morte entre os homens com 15 a 59 anos de idade", diz a publicação.

- O álcool é um assassino e não faz nada bem do ponto de vista da saúde pública - comentou Melvin Freeman, funcionário do Ministério da Saúde da África do Sul e um dos colaboradores para a confecção do relatório.

Segundo a OMS, as taxas de consumo de álcool variam muito, sendo mais altas nos países desenvolvidos e menores no norte da África, na África subsaariana e no sudeste da Ásia, onde as grandes populações muçulmanas se abstêm de seu uso. Na França e outros países europeus com alto consumo, no entanto, os episódios de bebedeiras excessivas são mais raros, sugerindo um padrão mais regular e moderado em seu consumo, já relacionado com menores riscos de doenças cardiovasculares e de derrames. "Mas o efeito benéfico de proteção do coração desaparece em ocasiões de abuso", avisa a organização.

De acordo com o relatório, as bebedeiras excessivas, que frequentemente levam a um comportamento de risco, agora são prevalentes em países como o Brasil, Casaquistão, México, Rússia, África do Sul e Ucrânia. No Brasil, 32,4% dos homens e 10,1% das mulheres relataram terem feito isso pelo menos uma vez por semana em 2003. "No mundo todo, cerca de 11% dos bebedores têm um episódio semanal de abuso, com os homens prevalecendo sobre as mulheres numa proporção de quatro para uma", acrescenta a organização.

Para a OMS, a elevação dos impostos sobre as bebidas alcoólicas é a melhor maneira de conter o abuso, principalmente entre os jovens. Outras medidas efetivas seriam o estrito cumprimento de regulamentos relativos à idade mínima para o consumo e à mistura de álcool e direção, somados a limitações para a publicidade e patrocínio de eventos pelos fabricantes.

Pesquisadores brasileiros desenvolvem curativo natural

Pesquisadores brasileiros descobriram um curativo natural para tratamento de feridas de cicatrização difícil. O medicamento é feito de sangue humano.
O produto é fruto de uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Hematologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), de Botucatu.
O medicamento tem um diferencial inovador: 100% da matéria-prima tem origem em sangue doado.
“O que nutre todos os tecidos o organismo é o sangue, então haveria de estar nele a resposta para uma ferida”, disse Elenice Deffune, pesquisadora da Unesp.
O sangue passa por uma máquina que divide o material em três partes: hemácias, usadas em transfusões; plaquetas, para tratamento de leucemia; e o plasma, que na maioria das vezes era descartado. E é justamente o plasma a fonte do novo remédio.
A principal função do produto é estimular o organismo a conter a ferida. A ação das proteínas que estão presente no gel ajuda na regeneração dos vasos sanguíneos, na formação de nova pele e no fechamento da lesão.
“São substâncias que interagem com a própria química do organismo”, afirma Rosana Rossi Ferreira, pesquisadora da Unesp.
O gel está em fase de testes, mas logo deve ser comercializado. “Ele é economicamente viável e é cientificamente lógico”, diz Elenice.
A auxiliar de enfermagem Conceição Marfil sofreu com úlceras nas pernas durante sete anos. Depois de usar o curativo natural, não tem mais nada. “Foi uma salvação, tanto na parte estética, quanto emocional”, disse Conceição. “A pessoa que tem a úlcera que eu tive acaba se fechando um pouco.”
De acordo com os pesquisadores, o gel desenvolvido pela Unesp deve um terço do preço dos medicamentos convencionais.

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