O Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio
Magalhães, assinou nesta sexta-feira (23), em Belo Horizonte,
autorização de transferência de R$ 8,4 milhões para a Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). O repasse, previsto em termo de
cooperação entre as duas instituições, será investido, até 2014, na
reformulação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), com
melhorias no teste do pezinho. Também participaram da solenidade de
assinatura do termo o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, e
autoridades locais.
“Vamos fazer um diagnóstico da situação e um plano de ação para cada um
dos estados de tal forma que, até 2014, todo o país tenha um nível de
excelência em triagem neonatal para seis doenças e ambulatórios e
serviços de referência”, explica Helvécio Magalhães. “Vamos investir em
treinamento de pessoal, protocolos, avaliação e replanejamento do
sistema”, completa o secretário.
O teste do pezinho, obrigatório no país, é a primeira etapa da triagem
neonatal. Com o exame, é possível detectar precocemente pelo menos
quatro doenças - hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose
cística e doença falciforme. O PNTN abrange, além da realização dos
exames e detecção de doenças, o acompanhamento e o tratamento dos
pacientes, muitas vezes, durante toda a vida.
Como a maior parte das doenças diagnosticadas pelo teste do pezinho não
apresenta sintomas logo após o nascimento, é fundamental que a família
busque atendimento médico nos casos suspeitos. “O risco é gerar sequelas
graves e irreversíveis no desenvolvimento da criança, que só serão
perceptíveis tardiamente. Dependendo da doença detectada, pode-se obter
adequada orientação sobre o tratamento”, explica Helvécio Magalhães.
EXCELÊNCIA– O Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio
Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da UFMG é reconhecido por
sua excelência na triagem neonatal. Ele atuará em todas as etapas da
reformulação do programa – desde a montagem de sistema de informações
até a capacitação e o treinamento de profissionais. O objetivo do
Ministério da Saúde é chegar à cobertura universal dos nascimentos,
possibilitando o início precoce do tratamento.
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